(Agri)Cultura Geral

Pois é caros amigos, a preguiça continua em alta por estes lados e a vontade de escrever está algemada a ela ; ) mas não a de pensar... e reflectir sobre a actualidade e não só, os assuntos mundanos desde pequeno planeta com estranhas formas de vida a que carinhosamente chamamos Portugal.

O assunto que vos trago hoje, já vem matutando na minha cabeça há algum tempo, mas só agora me decidi a escrever sobre ele... até porque é um assunto tremendamente sério e requer aturada investigação para que possamos chegar a conclusões que mais do que válidas e verdadeiras têm que ser irrefutáveis...

Então vamos a isto... ou como diz o “meu povo”... “então é assim”...

A reflexão como já devem ter percebi (ou não... dado o tema) é sobre o estado da nossa CULTURAL GERAL e da forma como tem sido (ou não) “cultivada” durante os últimos anos ou, para ser mais especifico, as últimas gerações...

Disse no inicio que há já algum tempo que venho pensando sobre este assunto... mas porquê abordá-lo agora e não noutro qualquer momento?

A resposta é simples... e posso mesmo afirmar... “A Bela e o Mestre” mudou a minha vida... (ou o que resta dela...)

Foi essa a “faísca de ignição deste meu post” e o “catalisador” do meu pensamento... (É pá... toma lá Pedro Abrunhosa...)

É que “eu ainda sou do tempo...” em que se discutia e debatia a PGA (não me digam que não sabem o que foi?!?) e apesar de não ter feito nenhuma... (sim, apanhei TODAS as reformas e fui cobaia dos Exames Nacionais) senti de perto as vibrações acerca da mesma, Prova Geral de Acesso (a quê? Ao Ensino Superior, claro está...).
A maior crítica que se fazia na altura a este “exame” (se é que lhe posso chamar assim) era que não passava de uma prova de “cultura geral” e que, como tal, não eram postos à prova os conhecimentos dos alunos no que diz respeito às matérias das disciplinas que tinham frequentado.

Ora bem, não sei se realmente isto é totalmente verdade ou não... e mais, não sei, neste momento (e dada a situação actual) até que ponto é que não interessaria mais testar essa “cultura geral” dos alunos em vez dos seus (hipotéticos) conhecimentos específicos.

O que me é dado a conhecer e a assistir neste momento é que os nossos jovens (e menos jovens) não sabem NADA sobre COISA NENHUMA... e cada vez o ensino pede menos conhecimentos específicos e dos “gerais” nem vê-los... ficaram perdidos no tempo... e depois fazem figuras como as que assisti no outro dia nesse (suposto) programa de Têvê... e nós em casa, rimos ou choramos (conforme os casos... e as sensibilidades).

É ABSOLUTAMENTE vergonhoso que pessoas que estiveram VIVAS e ACORDADAS durante os anos que aquela “gentinha” diz que teve (pelo menos pelo tamanho e idade que apresentam) não saibam NADAAAAAAAAAAAA... não digo sequer que é estranho não terem aprendido na escola... porque o tipo de perguntas que se fazem (e confesso que só assisti por uma única vez e por breves minutos) são coisas que não é necessário sequer ter andado na escola para saber... é preciso apenas ter estado VIVO, ACORDADO e ter um pedacinho de massa encefálica (e cerebelo) para assimilar e armazenar a informação..

Será que estas gerações nunca jogaram sequer um jogo?!?

Eu sou da geração MONOPOLY, mas também da geração TRIVIAL PURSUIT, SCATTERGORIES, DICIOPINTA, PICTIONARY, RISCO e tantos, tantos outros...
Mas pelos vistos já ninguém joga a nada disso... a geração POKEMON e a geração iPOD passaram e passam ao lado de tudo o que faça ou necessite de pensar... até algumas tentativas de jogos de consolas se viram relegadas e tiveram como público apenas a minha geração... casos do BUZZ e outros do género...

Realmente, a pior preguiça é mesmo a de pensar...

Mas deixem lá, não se preocupem que depois os nossos governos criam “NOVAS OPORTUNIDADES” para todos eles...

Há muitas formas de “cultivar” e há mentes que nem para “cultivar” a terra servem...