Violência na Escola... um verdadeiro Fenómeno!

Numa altura em que tanto se fala da violência nas escolas e que os nossos governantes dão uma mostra de tanto empenho em resolver o problema (como demonstram irrefutavelmente as medidas tomadas até ao momento... e as previstas...) são diversos os “especialistas” que vêm a Praça Pública dizer de sua justiça e tentar explicar o porquê deste fenómeno...

Perante o que já li, ouvi e vivenciei acerca do assunto, cabe-me emitir também a minha opinião, não de “especialista” que o não sou, nem quero ser... Mas apenas de alguém que pensa e reflecte mais de 5 minutos sobre os assuntos, antes de abrir a boca e soltar uma montanha de asneiras e barbaridades. (atenção que não está provado que apesar de pensar mais de 5 minutos sobre os assuntos que a segunda parte não aconteça...)

Então cá vai:

Exmos. Srs. “especialistas” (e outras aves raras)

A violência na escola é um fenómeno que SEMPRE existiu (sei que pode ser chocante para vós, mas é a verdade) apenas não se falava dela nos Telejornais porque a escola e nomeadamente os Professores sempre tiveram capacidade para a resolver ou pelo menos minimizar ao longo dos tempos.
O fenómeno agravou-se sim, é verdade, mas vamos fazer um pequeno exercício mental (se não for pedir muito) a partir de quando se terá agravado?

Não quero que queimem muito os neurónios... eu digo... a partir do momento em que se começou a retirar a autoridade aos professores e, acima de tudo, o DEVER de RESPEITO de alunos e respectivos pais e encarregados de educação.

Não quero com isto que pensem que sou um apologista da violência e dos castigos corporais por parte dos professores, muito longe disso... o problema está na mudança das mentalidades, apenas e só nisso... Antes os pais mandavam os filhos para a escola porque queriam que eles aprendessem e tivessem oportunidades que muitos deles não tiveram, conferiam autoridade e respeito pela figura do Professor e exigiam-na aos seus filhos. Hoje em dia é totalmente o inverso, os pais DESPEJAM os filhos nas escolas porque além de não terem outro sitio onde os deixar, é obrigatório por lei que eles lá passem alguns anos das suas vidas (se bem que mesmo assim há muita gentinha que não isso cumpra).
Nos dias de hoje os pais não se interessam minimamente pela educação dos seus filhos, não educam, nem deixam que outros o façam (deve ser para não estragar os genes e não se quebrarem as raízes familiares).

Outra coisa que mudou e muito foi “o tal” RESPEITO e com ele a linguagem. Antes quando se falava na escola em casa, era o “Sr(a). Professor(a)”... hoje em dia é “o Palhaço do teu professor” ou a “burra da tua professora”, e isso passa e é “ensinado” em casa e transportado para a escola.

Depois, e como se não chegasse, não são só os alunos os percursores da violência na escola, mas vemos os próprios pais e encarregados de educação, que deveriam ter um papel um pouco mais adulto e responsável a irem eles mesmos às escolas cometer absurdos e agressões de toda a espécie contra quem aparecer.

QUE EXEMPLOS SÃO ESTES?!?

Os que temos, os que fomentamos e deixamos que aconteçam, dia após dia e ano após ano...

Mas agora tudo vai mudar... porque vamos por os PROFESSORES (claro! Porque são eles que estão mal, como sempre!) a fazer formação para lidar com os fenómenos de violência na escola...

O “memórias”, sempre bem informado, como é seu apanágio... já teve acesso a algumas das disciplinas constantes desse curso para professores e aqui deixa alguns exemplos:

- COMO FAZER AUTOCURATIVOS NA SALA DE AULA E MESMO ASSIM RESPEITAR O PROGRAMA;

- COMO AMORTECER UM SOCO NA CARA SEM PARTIR OS DENTES ENQUANTO ENSINA A “TLEBS”;

- O PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA COMO ÁRBITRO DE FUTEBOL DOS ESCALÕES SECUNDÁRIOS;

- DICIONÁRIO DE AGRESSÕES EM LINGUAS ESTRANGEIRAS VARIADAS;

- COMO RECONHECER UMA CADEIRA A VOAR NA SUA DIRECÇÃO AO ESCREVER NO QUADRO – OS SONS CARACTERÍSTICOS DOS PROJECTEIS NA SALA DE AULA.


Ficamos à espera de outras novidades...