segunda-feira, abril 23, 2007

As NOVAS OPORTUNIDADES quando nascem são para TODOS



Pois caros amigos, cá estou eu, já com um bocadinho mais de vontade para vos escrever 2 ou 3 linhas acerca de um assunto que me agrada e muito... ou seja, a Nacional Parvoíce e/ou, neste caso em particular, o Nacional Oportunismo.

Mas o que é que isso tem a ver com “novas oportunidades”, perguntarão as 2 pessoas que lêem este Blog (e mesmo essas são praticamente forçadas a fazê-lo, por mim)...

O “Novas Oportunidades” é mais um Projecto Governamental (hora da piadinha barata... “só espero que não seja de Engenharia!”) que visa, nos seus fundamentos teóricos, aproveitar as competências e experiências de trabalho de cada um e transformá-las, conferindo-lhe equivalência a habilitações académicas.
Em termos práticos (na realidade) serve apenas para aumentar os níveis de escolaridade dos portugueses, aproximando-os do exigidos pela União Europeia e escondendo assim os resultados das sucessivas reformas (da treta) na Educação que só trouxeram mais abandono e pior educação e formação para os estudantes.

Segundo avança o Público já se inscreveram em centros Novas Oportunidades para tentarem ver certificadas as competências que adquiriram ao longo da vida e, assim, receber um diploma de estudos equivalente ao 12º ano cerca de 75 mil adultos, ao passo que no reconhecimento de nível básico estão já inscritos cerca de 160 mil adultos.

Mas se a ideia (ou o que está por trás dela já não sei se será muito de louvar) há ainda mais problemas neste processo, pois passados mais de três meses após o prazo previsto, o processo de reconhecimento, validação e certificação de competências de nível secundário ainda não se iniciou em nenhum centro Novas Oportunidades.
Além disso, a formação dos primeiros técnicos habilitados a analisar as competências e conhecimentos adquiridos pelos adultos fora da escola e avaliar se e que formação complementar que os candidatos têm que completar para obterem um diploma de 12º ano só foi concluída na passada sexta-feira.

“A partir de agora, 31 centros Novas Oportunidades estão em condições técnicas de iniciar o processo. Quando assumi funções, dei orientações para que ninguém avançasse sem passar pelo programa de formação, que era um elemento essencial de credibilidade”, explica Clara Correia, presidente da Agência Nacional para a Qualificação, entidade que em Fevereiro passou a coordenar o processo. (Yeah, right!... é mesmo isso... a CREDIBILIDADE acima de tudo... sim, porque isto não é cá passar Diplomas assim por “dá cá aquela palha”... isso é só para alguns FORMANDOS no TOPO da hierarquia)


Clara Correia admite que não há actualmente capacidade para “responder rapidamente” aos 75 mil inscritos e que a solução terá de passar pela articulação dos vários centros. Segundo as contas do Governo, o objectivo de certificar 600 mil activos entre 2005 e 2010 implicaria emitir 40 mil diplomas do ano passado, incluindo 15 mil do secundário. (MUITO FÁCIL... é só pôr uma FOTOCOPIADORA que há na UnI a trabalhar para isso... assim como assim já está habituada a esse tipo de serviço e já tem imensas provas dadas).

Os candidatos têm de organizar um dossiê com as experiências que consideram relevantes em três áreas: cidadania e profissionalidade; sociedade, tecnologia e ciência; e cultura, língua e comunicação. (FONIXXXXX... que isto é mais complicado que tirar um curso de Engenharia na UnI). Consoante as lacunas demonstradas, podem ter de realizar acções de formação de curta duração ou ser encaminhados para um programa mais longo, num curso de educação e formação. (ou então para um curso por correspondência... conforme a cor política e importância partidária do candidato)...

O processo fica concluído com a discussão do portfolio. (UAU... que CHIC, há um portfolio e tudo...) Se o júri achar que as competências são suficientes, valida-as e é emitido um certificado. (caso o júri não ache... é só juntar um cartãozito com os cumprimentos do partido...)

À certificação de 12.º ano podem candidatar-se pessoas com 18 ou mais anos e que tenham no mínimo três anos de experiência profissional ou que tenham frequentado o secundário há mais de três anos, sem o concluir. (Caraças!!! Agora é que eles lixaram tudo... assim excluem logo à partida todos os concorrentes da “BELA E O MESTRE”... assim não pode ser...)

Ai ai meus amigos... ouçam o que vos digo... não emigrem não, enquanto é tempo... qualquer dia temos missões humanitárias em Portugal, com Missionários e Voluntários de diversas organizações que se disponibilizam para virem até cá ensinar-nos a ler, a escrever e a semear arroz e plantar as batatitas no quintal para podermos sobreviver... ai RUANDA pais irmão que estás tão longe e tão perto...

1 Comentários:

Às 21:39 , Blogger Soul, Heart, Mind disse...

muito bem explanado.
foi um bom regresso :)

 

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