sábado, março 31, 2007

Rali e Burocracias de Portugal


No momento em que o “nosso” querido país volta a receber uma prova do WRC (World Rally Championship) coisa que não acontecia à larguíssimos anos, o Rali de Portugal veio agora “à baila” e como quase sempre acontece por cá, pelos motivos mais estúpidossssssss... reportagens?! Não!! Escândalos e protagonismo político?! SEMPRE!!

Então mas o que é que se passa, perguntarão vocês. O que acontece é que pelos vistos o Rali atravessa sítios classificados como Rede Natura 2000, na serra do Caldeirão e no Barrocal algarvio, mas a organização da prova não consultou o Instituto de Conservação da Natureza (ICN) que deveria dar um parecer sobre esta matéria. (oh.... coitadinho do ICN que não teve direito a dar opinião sobre a passagem dos carritos nas estradas de terra das matas e serras algarvias e tanto que eles tinham para dizer acerca desse assunto... e pelo que sei, a organização da prova além de não ter pedido parecer, nem sequer se dignou a mandar uns bilhetes ao ICN “à borlix” para assistir à prova... com isto é que eles ficaram mesmo FULOS da vida...).
"Não fomos consultados, nem demos parecer", disse à Lusa Sandra Moutinho, responsável pela comunicação do ICN, admitindo que possa ser aberto um processo contra a organização da prova. “Nem sequer nos convidaram a assistir nem nada”. (Ok... admito... esta parte posso ter sido eu que inventei, mas apenas porque li o pensamento do ICN...).

Para já, o Instituto está a monitorizar (pela TV não deve ser porque do Rali em concreto, daquilo que realmente interessa nada se sabe) e a acompanhar os sítios por onde a prova passa para se inteirar da situação, em parceria com uma organização ambientalista local. (mas não deixa de ser uma boa justificação para não estarem nos locais de trabalho... sabem como é, Rali que começa à quinta-feira, temos que arranjar estratégias...).

"É preciso avaliar os valores em causa e determinar os danos que possam eventualmente ser causados", explicou Sandra Moutinho. (ao que consta na zona de S. Brás de Alportel já várias famílias de aves migratórias ligaram para a GNR local reclamando do barulho que fazem os carros e do pó que levantam... e ainda ontem foi dia de limpeza lá no ninho... assim não há condições... nada comparável ao que fazem os madeireiros e seus tractores nos mesmos locais na maioria das vezes sem licenças... pormenores... é que esses não dão bilhetes...).

A mesma responsável referiu que o ICN tem 45 dias para dar parecer sobre este tipo de provas, mas que não foi consultado previamente.
"Quando soubemos desta situação, na quarta-feira, notificámos a câmara e o governo civil e pedimos que nos enviassem informação e mapas detalhados das zonas atravessadas", adiantou. “Até porque já era quarta-feira e tínhamos que planear a escala de serviço...ao Rali que começava no dia seguinte” (acrescento eu... e mais uma vez num exercício fantástico de leitura da mente...).

Fernando Macedo, chefe de gabinete do presidente da câmara de Faro, afirmou que a autarquia pediu pareceres a várias entidades, mas desconhecia o facto de a prova atravessar sítios classificados. (aliás... como é obvio, quem é que vai saber onde são os sítios classificados ou não classificados... a Câmara?!? Alguma vez?!? Esses nem sabem se esses locais pertencem ao Concelho deles ou se é ao Concelho vizinho... se calhar é a Espanha... está-me cá a parece que é... ou Marrocos... se calhar é Marrocos...).

"Não contactámos o ICN porque essa questão não foi levantada", afirmou. “E também porque sabíamos que se os contactássemos teriam que repartir os bilhetes com eles... sabemos bem como são esses gajos com borlas...” (sim, já sei! Tenho que parar de ler as mentes desta gente... certo?).

O director do rali, Pedro Almeida, disse que a prova foi autorizada, competindo à autarquia reunir os pareceres e autorizações necessárias junto das entidades competentes. (compe...quê?!? brinquem nas não abusem...).

"As provas desportivas carecem de alvará que é emitido pela câmara municipal onde a prova termina. Não tínhamos conhecimento desta situação, é a entidade que licencia que deve reunir os pareceres e documentos necessários", declarou à
Agência Lusa.

Fonte: Lusa (com ligeiras melhorias face à minha capacidade fantástica de ler as mentes)

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