O SIM, o NÃO e o ANTES PELO CONTRÁRIO…
Pois é meus amigos, sei que o tema REFERENDO já chateia e como o que demais enjoa prometo que esta será a penúltima vez que abordarei o assunto aqui… (sim, porque este Blog prima pelo seriedade e honestidade e dizer que seria a última vez era cair no erro de não deixar espaço de manobra para um último comentário…)
O tema de hoje tem a ver não exactamente com o Referendo mas com os argumentos que se têm “degladiado” em praça pública acerca do mesmo… uns pelo SIM, outros pelo NÃO, mas acima de tudo muitos pelo ANTES PELO CONTRÁRIO… e é neste ponto que sinto a minha (pouca) inteligência alvo de insultos diários…
Compreendo os argumentos pelo SIM, aceito alguns argumentos pelo NÃO (se bem que têm sido muito raros ou quase nulos) agora o que não compreendo e não aceito são os argumentos “do contra” que é o que tenho visto e ouvido mais… Gente que continua o pôr o problema na “vida Humana” e que colocam cartazes afirmando que “não querem contribuir com o dinheiro dos seus impostos para financiar abortos” e para as outras coisas? Alguém alguma vez perguntou? Como li um dia destes e também subscrevo, alguém perguntou se queríamos que os nossos impostos servissem para pagar clínicas de desintoxicação de Drogas? Alguém perguntou se queríamos que os nossos impostos fossem usados para pagar tratamentos a doentes de cancro porque fumaram e beberam a vida toda por vontade própria? Alguém nalguma situação nos perguntou se queríamos pagar as despesas de tratamento daquele indivíduo que teve um acidente de carro e ia sem cinto de segurança, ou do outro que atravessou a estrada sem olhar e foi atropelado?
Não sejamos ridículos!
O aborto é um assunto sério, é sempre arriscado em todas as situações e muito importante a vários níveis na sociedade, e ninguém faz uso dele como método anti-concepcional como os que se dizem apoiantes do NÃO querem fazer passar na sua mensagem.
Mas acima de tudo isso, entristece-me a “baixaria” que tem sido esta pseudo-campanha que se queria de esclarecimento mas que foi apenas de anti-esclarecimento, promovendo a dúvida e a ignorância como argumentos válidos para que se continue a perseguir médicos e mulheres que se vêem obrigados a recorrer a este método e a beneficiar os “antros de sujidade” e as clínicas privadas onde continuarão a ser efectuados os “abortos ilegais” com todos os riscos e implicações para a saúde e economia de todos nós.
Já agora, e para o tratamento das mulheres que recorrem aos hospitais de urgência por tentativas de aborto mal feitos e feitos sem condições, já querem contribuir com o dinheiro dos vossos impostos?
Etiquetas: Aborto, Despenalização do Aborto, Politica, Sociedade
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